Quando falamos que toda a criação
de Deus é perfeita, qual o primeiro exemplo que vem a sua mente?
Será o céu azul e ensolarado em um dia de inverno? Ou será o mar
com suas águas cristalinas fazendo contraste com o continente?
Recentemente li um texto que fala da extrema perfeição na criação
de Deus, em níveis que talvez não sejamos capazes de entender
quantitativamente.
John C. Lennox escreve em seu livro:
“Por que a ciência não consegue enterrar Deus”, vários
exemplos do que alguns cientistas chamam de sintonia fina do
universo. Você já parou para pensar no que é necessário para
termos essa vida que estamos acostumados? Como o dia e a noite, água
para beber, uma temperatura do ambiente agradável, etc. Coisas
simples, que por serem consideradas fundamentais ou por nunca
pensarmos que as mesmas poderiam ser diferentes, passam despercebidos
à nossa limitada vista. A chamada sintonia fina do universo trata
justamente desse equilíbrio necessário em todo o universo e em cada
detalhe para que a vida que estamos acostumados seja possível.
Abaixo irei listar alguns exemplos contidos no livro.
Uma primeira ilustração foi
estudada pelo matemático e astrônomo Sir Fred Hoyle em que ele
afirma que para que a vida seja possível na terra é necessário uma
abundância de carbono, o carbono é formado a partir de 3 núcleos
de Hélio ou pela combinação de núcleos de Hélio e Berílio.
Esses átomos devem ter seus estados de energia perfeitamente
ajustados, uma variação de 1% nesse ajuste poderia acarretar na não
existência de vida no universo. Hoyle afirmou mais tarde que nada
tinha abalado tanto o seu ateísmo como essa descoberta, como ele
mesmo diz que parecia que “um superintelecto havia brincado com a
física e também com a química”. ¹
Mas esse exemplo parece ser de pouca
importância quando lemos o que o físico Paul Daves afirma que se a
razão da força nuclear forte em relação a força eletromagnética
fosse diferente à razão de uma parte em , nenhuma estrela poderia
ser formada. E mais, se a razão da constante de força
eletromagnética em relação a força gravitacional fosse diferente
em uma parte em para mais ou para menos, só existiriam estrelas
grandes ou só existiriam estrelas pequenas, e é necessário que as
duas existam pois cada uma tem sua função primordial para sustentar
a vida em um planeta.
Outro exemplo mais espantoso ainda
foi escrito pelo matemático sir Roger Penrose, em que através de
seus cálculos chegou a extraordinária conclusão de que, o que ele
chama de “objetivo do Criador”, deve ter sido preciso à razão
de uma parte em 10 à potência de , isto é, tente imaginar um nível
de precisão de Deus de zeros, tal numero é impossível de ser
escrito por extenso. Paul Daves diz “Tem-se a impressão de que
alguém sintonizou muito bem os números da natureza para criar o
Universo” ²
Isso tudo sem mencionar a vida aqui
na terra em que estamos acostumados, por exemplo, se a distância
entre o Sol e a terra fosse 2% mais longe ou mais perto a Terra seria
ou muito fria ou muito quente, e não poderia abrigar a vida. E
também se a força da gravidade ou a temperatura aqui na Terra
fossem ligeiramente modificadas a vida também não seria possível,
um último exemplo fala sobre a velocidade de rotação da Terra, se
girasse rápido demais os ventos que seriam formados aqui na Terra
faria a vida ser bastante improvável, por outro lado se fosse lenta
demais essa rotação a diferença de temperatura entre o dia e a
noite seria muito discrepante.
Analisando esses exemplos de
grandeza imensuráveis vemos o quão Deus é perfeito, vemos que ele
é de fato o Criador e tem domínio sobre todas as coisas, vemos que
não importa o quão pequeno um detalhe é, nada foge de seu domínio
e seu governo. Então como podemos achar que, por nós mesmos,
poderíamos saber todas as coisas, como poderíamos pensar que toda
sabedoria procede apenas de nosso esforço e determinação, como
poderíamos rebaixar Deus de tal modo, que Sua Vontade e Existência
sejam condicionadas ao nosso querer e aos nossos caprichos. Termino
citando um trecho de Isaías 40.15 “Eis que as nações são
consideradas por ele como um pingo que cai de um balde e como um grão
de pó na balança; as ilhas são como pó fino que se levanta”.
Que aprendamos que nosso lugar é debaixo das asas de Deus e que
dependemos Dele para tudo em nossa vida, Ele é o nosso Criador.
¹ Annual Reviews
of Astronomy and Astophysics, nº 20, 1982, p.16.
² The cosmic
Blueprint, p.203
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